Em setembro de 2019, a ~aiscarvalho e o ~rlafuente decidiram experimentar montar um webserver para as suas aulas de design para a web. Para isso, decidiram empregar um Raspberry Pi para montar algo tecnicamente semelhante ao tilde.club, que tecnicamente não é mais do que um servidor Unix público, ou pubnix. (claro que o tilde.club é bem mais do que o seu aspecto técnico!)
Depois de uma boa experiência, escreveram um guia sobre como fizeram o servidor, passaram o Tilde das aulas para outro RPi, e começaram o Tilde.pt, chamando alguns amigos para experimentar as shells e pôr páginas pessoais no ar.
O entusiasmo coletivo deixou claro que um poiso como o Tilde.pt ainda faz sentido em 2020, por isso aqui está.
Ainda estamos a afinar um formulário de inscrição e a limar arestas no sistema, mas se quiseres mesmo experimentar, manda-nos um mail para hi arroba manufacturaindependente ponto org a dizer-nos porque gostavas de te juntar.
Sim, em muitos recantos da internet (particularmente nas redes sociais), se não pagamos é porque somos o produto. Também estamos cansados disso e também nos tornámos um pouco cínicos quando encontramos plataformas novas online. Com o tilde.pt procuramos uma alternativa, longe da captura da atenção e das lógicas desrespeitadoras da liberdade individual.
Temos saudades do espírito do virar de século, em que os computadores interligados podiam ser uma chave para abrir as portas da imaginação e da criatividade conjunta. Mesmo com o oligopólio atual de mega-plataformas, ainda não perdemos a possibilidade de pensar e criar espaços novos com lógicas diferentes. É para fazer valer essa vontade que mantemos o Tilde.pt, que existe não para ser a fonte de rendimento de alguém, mas sim o escape dessas tendências contemporâneas de vedar e monetizar. Aqui, é para ter paz.
Colocamos à disposição de cada participante uma shell e um webserver Apache com 100 megas de espaço. Mesmo com uma parcela de terreno digital tão modesta, dá para muita coisa:
É a melhor parte do tilde.pt! Estamos a traduzir e a montar um guia em português para explicar como dar os primeiros passos. Enquanto não temos isso no ar, há esta excepcional introdução, e outros pequenos guias que ajudam a entrar no universo da linha de comandos:
Cuidado, que é viciante!
Basta usar do senso comum e basear-te no comportamento que terias ao visitar a casa de alguém. Especificamente:
E nada de ilegal, claro.
Também temos um código de conduta que vai mais a fundo sobre comportamentos aceitáveis e inaceitáveis.